Lucas, nome grego que significa "aquele que traz a luz". Nascido em Antioquia da Síria, Lucas é o único escritor bíblico do qual podemos afirmar que era gentio. Enquanto o Evangelho de Mateus foi escrito por um judeu para judeus e Marcos foi escrito por um judeu para gentios, o Evangelho de Lucas foi escrito por um gentio para os gentios.
Lucas é o autor do terceiro Evangelho e do livro de Atos, At. 1:1-3. Os dois livros mostram uma similaridade de estilo. O escritor foi um companheiro de viagem de Paulo, At. 16: 10-17. O Evangelho de Lucas foi escrito por volta do ano 60 d.C.
Lucas foi um servo cheio do Espírito do Senhor, com ampla visão da necessidade da obra. Empregou seus dons ligados à palavra escrita para proclamar o que sabia a respeito de Jesus Cristo, procurando fornecer uma narração coordenada e ordenada da vida de Cristo, conforme testemunhas oculares, 1:1-4, gerando o mais longo dos quatro Evangelhos e o mais extenso dos livros do Novo Testamento. Ele fora evangelista, pastor e chamado de “médico amado”, Cl.4:14.
Em sua apresentação de Jesus como homem, Lucas menciona a genealogia do Senhor até Adão. Fica demonstrada a humanidade de Cristo. A genealogia é uma forma de demonstrar que Cristo não apareceu magicamente, mas nasceu de uma descendência, embora de modo sobrenatural.
Lucas oferece mais informações sobre o nascimento e a infância de Jesus do que os outros Evangelhos. Só Lucas menciona o choro de Jesus por Jerusalém, numa demonstração de sensibilidade humana.
Em seu Evangelho, Lucas destaca a atitude ou menção amável de Cristo em relação: Aos pobres, 6:20; à mulher pecadora, 7:37; mendigos, 16:20-21; samaritanos, 10:33; leprosos, 17:12 – narrativa exclusiva; publicanos e pecadores, 18:9-14; o malfeitor na cruz, 23:43 – narrativa exclusiva.
Lucas apresenta mais parábolas que os outros Evangelhos. Mateus inclui 15; Marcos, 4 e Lucas, 23, dentre as quais duas são exclusivas: O Filho Pródigo e a Dracma Perdida. Lucas apresenta tom poético, exultante, festivo. Só ele registrou os cânticos, orações e declarações de Zacarias, Isabel, Maria, Simeão e dos anjos.
O autor mostra a receptividade de Cristo para com todo tipo de pessoas: Samaritanos, 9:52-56; Pagãos, 2:32; 3:6-8; Judeus, 1:33; 2:10,11; Mulheres; Publicanos; Pessoas respeitáveis, 7:12,13,36; 11:37; 14:1; Pobres, 1:53; 6:20; Ricos, 19:2; 23:50. Mateus até cita alguns desses fatos, mas Lucas entra em detalhes.
Mais do que qualquer outro escritor dos Evangelhos, Lucas aprofunda-se na variedade dos eventos incomparáveis que são associados ao nascimento de Jesus. Ele nos conta sobre as circunstâncias incomuns do nascimento de João Batista, 1:5-25, 57-80; do relacionamento entre Maria e Isabel, e da alegria exultante das duas mulheres quando percebem que Deus está prestes a operar maravilhas através de seus filhos, 1:26-56. Lucas narra a visita angelical aos pastores, 2:8-20; sobre a revelação dada a Simeão e Ana de que o menino Jesus é na verdade o Cristo de Deus, 2:21-40, e sobre a visita de Jesus ao templo em sua infância, 2:41:52.
“..., havendo-me já informado minuciosamente de tudo desde o princípio,...”, 1:3b.
Podemos destacar oito características principais do Evangelho de Lucas: 1ª) Seu amplo alcance no registro dos eventos na vida de Jesus; 2ª) A qualidade excepcional de seu estilo literário; 3ª) O alcance universal do evangelho, ou seja: Que Jesus veio para salvar judeus e gentios, igualmente; 4ª) Salienta a solicitude de Jesus para com os necessitados; 5ª) Dá ênfase a vida de oração de Jesus e seus ensinos a respeito; 6ª) Menciona o notável título de Jesus, a saber: “Filho do Homem”; 7ª) Destaca a alegria que caracteriza aqueles que aceitam a Jesus e sua mensagem; 8ª) Dá ênfase na importância e proeminência do Espírito Santo na vida de Jesus e do seu povo. Amém!
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